
após um porre, soltei um "que porra" e resolvi ler bukowski. puta beberrão do caralho, eu teria que me identificar com algo desse cara. mas aí fui procurar a vida do sujeito e vi que, tirando a barba e o porre eventual que tomo, sozinho ou não, tenho nada a ver com o cidadão. que merda.
mas pra descobrir isso, além de ler o Crônica de Um Amor Louco, resolvi usar a internet pra fazer alguma porra inútil de pesquisa. Caí na wikipedia, essa enciclopédia escrita por alunos de quinta série que passam com nota C em conteúdo e forma.
eis um trecho do verbete de bukowski:
- Bukowski tem sido erroneamente identificado com a Geração Beat, por certos temas e estilo correlatos, mas sua vida e obra nunca mostraram essa inclinação.
aí o toupeirão aqui resolve clicar no link dos porras da Geração Beat e dou de cara com a seguinte inscrição:
- Capítulo à parte da literatura norte-americana pelo seu conteúdo iconoclasta, pelo método de criaçao incomum - nas coxas, pelo universo fictício mais denso e (grotesco, até) que qualquer outro escritor metido a marginal jamais conseguiria criar. Bukowski é injustamente (mesmo que a seu pedido) colocado à parte dos beatniks, (a maioria dos quais conhecia, quando nao admirava) porque morava em outra cidade, Los Angeles.
como é que eu vou confiar num troço que se nega tão bisonhamente em dois cliques? em homenagem à wikipedia deixo aqui um trecho da crônica máquina de foder, que cuja expressão transcedental dá nome a este post:
- quais as novidades, Tony? - perguntei.
- ah, uma merda - respondeu.
- isso não é nenhuma novidade.
- uma merda - repetiu Tony.
- ah bom, então tá, uma merda - disse o Índio Mike.
bebemos a cerveja.
- o que você acha da lua? - perguntei a Tony.
- uma merda.
- é - comentou Índio Mike, - quem já está fodido na terra também vai se foder na lua. não faz diferença.
- dizem que em marte é quase certo que não tem vida - continuei.
- e daí? - retrucou Tony.
- ah, que merda - exclamei - dá mais duas.
que merda.
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