terça-feira, 11 de março de 2008

LER É CULTURA: AS LEITURAS QUE SORRYPERIFERIA RECOMENDA

Os principais lançamentos literários da temporada que você não vai ver na próxima FLIP:

PREPÚCIOS DE UMA SAUDADE: DE JUDÁ A ISRAEL, UMA HISTÓRIA DA CIRCUNCISÃO NO MUNDO HEBREU. De: Doutor Muir Dickmann: Sagrado ou profano? Místico ou anti-higiênico? A obra do sociólogo e urologista israelense Muir Dickmann opera um interessante estudo sobre um dos maiores tabus dos descendentes do Rei Davi: a extração da fimose. Após extenso trabalho de campo, onde entrevistou mais de 1300 prepúcios israelenses, o doutor Dickmann desfaz mitos, aprofunda relações conturbadas entre judeus famosos e suas fimoses e revela detalhes até agora desconhecidos da urologia ocidental. Destaque para o capítulo em que o sociólogo expõe evidências de que o Gigante Golias não tombou com uma pedrada na costeleta, e sim em uma cirurgia tardia e mal realizada de circuncisão. Editora Baba do Sharon, 350 páginas. Preço sugerido: varia de acordo com o seu plano de saúde.

CAETANO: POR DENTRO DESTA VACA PROFANA. De: Kail Iwanna: Instigado por meia dúzia de garrafas de cerveja, o jornalista cubano-cangaibense Kail Iwanna escreveu este manifesto gigante, onde declara que o compositor misógeno Caetano Veloso é mais genial que Chico Buarque, Beethoven, Sófocles e as Facas Ginsu juntos. Após uma semana de entrevistas com o ídolo e algumas sessões sexuais depois, o apaixonado jornalista Iwanna entrou em fase depressiva, que gerou o truncado capítulo 78C, em que declara: “Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida. Caetano falou que me ama, só que é da boca pra fora”. Editora Leãozinho, 7468 páginas de amor declarado. Preço sugerido: Meia dúzia de garrafas de cerveja em botecos da Bela Cintra.

VI, VIM E... ESQUECI: RONALD REAGAN, UMA MEMÓRIA. De: João Doria Jr. : Após cair no ostracismo junto com o Movimento Cansei, o modelo, manequim, ator, promoter e bom moço João Doria Júnior tenta uma nova manobra para voltar a ocupar as manchetes: escreveu as memórias esquecidas de seu ídolo Ronald Reagan. Como Doria e Reagan nunca se encontraram, o modelo, manequim, ator, promoter e bom moço apelou para um pai de santo – branco, de classe média alta e que realiza trabalhos no Jardim Europa, é claro – para entrar em contato com o ex-presidente dos States no Além. Apesar de ainda padecer do Alzheimer no post mortem, as conversas entre o republicano e o modelo geraram 180 páginas de riquíssimo material em branco. Destaques para os trechos em que Reagan esquece que foi ator de Hollywood e para a passagem em que o ex-presidente esquece que foi presidente norte-americano. Editora Fosfosol, 180 páginas. Preço sugerido: não lembro, mas tem desconto para quem tem a carteirinha da Farmácia Popular.

SorryPeriferia: humor negro mesmo é não fazer piada.

Nenhum comentário: