terça-feira, 10 de outubro de 2006

A DIALÉTICA DA TRUANICE


Ninguém pediu minha opinião sobre o blogue do Marcelo Hermano, vocalista da banda Los Camelos. Respondo mesmo assim.

A título de informação (esta é sem dúvida a mais legal de todas as expressões pedantes), Hermano escreve um hedbomadário virtual manuscrito. A não ser que você seja professora de primário (na lousa: "Hoje o dia está ensolarado") ou se dirija a um público que conheça a Pedra Roseta do Champollion, tal atitude não é recomendável.

Tal qual um Chico Xavier, psicografei alguns pensamentos entre os borrões do tal blogue para me concentrar apenas no conteúdo, e não no formato. Resultado: expressões como "o deslumbramento pelo novo", "o dogma do pensamento", "proposição absoluta" e "natural rejeição" que, juntas, não adquirem sentido algum, casam com o pensamento daquelas meninas carentes de 17 anos que são justamente as fãs da banda, que se consideram intelectuais porque leram o Código da Vinci e que choram ao ouvir Los Camelos, arrancam o sutiã no show deles e, na hipótese de serem lésbicas, querem deixar a barba igual a do Amarante.

Sugestões e veredicto:

1) Sugiro um caderno de caligrafia.

2) Na impossibilidade da opção 1, sugiro que a tal Anna Júlia devolva a gentileza e passe ela a transcrever o blogue, deixando assim de ser sempre um espinho no coração do dito cujo.

3) Como disse já disse Guy Debord em A Sociedade do Espetáculo: "quem nunca come melado, quando come se lambuza".

Agora voltemos à programação normal.


OBS: O tal blogue.

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