quarta-feira, 17 de maio de 2006

CLÁUDIO LEMBO É QUASE UM SARGENTO LASSAR

- O PCC matando por aí, o Alckmin longe das câmeras e o Jamanta cuidando daquela floricultura...
Antoine Petit Garçon tomou uma sorvetada na testa na convenção do PMDB e nem por isso entrou em greve de fome novamente, abrindo discussão sobre o que é in e o que é out na sociedade neste momento. Greve de fome é coisa do passado, a moda agora é invadir o centro tocando o terror, espancando umas criancinhas, estuprando umas velhinhas e, de quebra (literalmente), estourar umas vidraças de banco porque ninguém é de ferro.

Divertido mesmo é ver um sujeito chamado Godofredo Bittencourt, diretor do DEIC, tão sábio quanto o nome dele é bonito, a declarar para a humanidade que a PM tinha 130 mil pessoas nas ruas do estado para combater o crime e que, portanto, a situação estava sob controle. Ele se esqueceu que, naquele exato instante, parte destes 130 mil estava ocupada morrendo nas ruas de São Paulo, além, é claro, de tomar uma piaba da galera que desceu o morro imitando Conan, o Bárbaro.
Não houve meio especialista em crises deste tipo que não viesse a TV dizer que as gangues que organizaram o rastapé nas ruas de todo o estado o faria por três, quatro dias no máximo, para depois recuar, uma vez que não são organizados o bastante para manter posição de guerra contra a puliça. No entanto, o comando da puliça entrou em acordo com a nata da malandragem para que eles parassem com a confusão e, se já não bastasse o tamanho da estapafurdice, ainda negaram tal fato e comemoraram a "vitória", a suposta tomada de controle por parte das otoridades puliçais.

Impagável também foi a cara do governador Cláudio Lembo, o dirigente político que mais se parece com um flamingo no mundo, sem saber o que fazer. Mas a imprensa subitamente se esqueceu do Doutor Geraldo Alckmin, governador até outro dia aí, que esteve no poder tempo suficiente para se produzir o tal "choque de competência" que os marqueteiros dele tanto gostam de pregar na questão dos presídios públicos.
Lembro que em 1998 fui ao cinema assistir Impacto Profundo, mais um desses filmões de tragédia ruins que Hollywood faz pra meter medo nos americanos. No fim do filme, quando o meteoro ia colidir contra a Terra, um jornal do filme deu a manchete "Em pânico, gangues tomam as cidades do Brasil". Fiquei puto na hora, onde já se viu gangues tomarem as cidades, quem os americanos pensam que somos, e esas patriotadas que a gente tem de vez em quando. Mas não é que os boçais dos Esteites de vez em quando dão uma dentro? Agora, quem dá fora mesmo é o Cláudio Lembo, candidato ao prêmio Sargento Lassar de competência policial, e o aspirante a presidente Geraldo Alckmin, candidato ao prêmio Geraldo Alckmin de falácia mercadológica da década.

Felizes eram os tempos em que celular era coisa de afrescalhado, não de presidiário.

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