
Brasil, África. Estamos em Buenos Aires, a capital. Crise no alto escalão do governo federal. Envolvidos: o ministro que tem a chave da caixa forte do tesouro, seu ex-assessor e amigo dos tempos de interior, e uma dessas moças da noite que cheiram a álcool e fumam sem parar.
Sucedeu-se que o ministro freqüentava exatamente uma dessas casas que cheiram a álcool e onde as pessoas fumam sem parar, e que, quando você entra, as moças do recinto sentam no teu colo e prometem abaixar o decote caso você pague um whisky 12 meses a elas.
Uma dessas moças, a que foi citada no primeiro parágrafo, era tão competente em suas atribuições que o ministro - que na época ainda não era ministro - resolveu tê-la como "frila fixa". A cada vez que ele freqüentava reuniões com lobistas, a dita cuja ganhava uma dose de whisky 12 meses e dava uma abaixadinha no decote só pra ele. Ocorriam outras coisas mais, mas agora não vem ao caso.
O tempo passou e o ministro se tornou, enfim, ministro. Mudou-se para a capital e a dita cuja teve que procurar outro para lhe pagar whiskys vagabundos. É então que entra em cena o ex-assessor do agora ministro, que se apaixona irremediavelmente pela dita cuja. Primeiro, faz dela sua "frila fixa", para depois efetivá-la até que a morte os separe.
A paixão é tanta que o ex-assessor pega raiva do ministro. "Esse safado punha a mão no decote da minha mulher!" Sem contar que o ministro, ao mudar para a capital, esqueceu da existência daquele que um dia foi o seu assessor, e que muitos podres sabe dele.
Por essa e por outras questões financeiras ainda não bem explicadas que a caixa forte do país deve mudar de mãos a qualquer momento.
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