terça-feira, 5 de julho de 2005

BODE VADIO

A Mulher do Próxim, de Gay Talese, está em minha cabeceira há alguns dias. Um livro que fala sobre a América e sobre o sexo. 

Para você que não o leu, isso pode significar absolutamente nada. Mas agora que atravesso a metade do livro, me sinto mais libidinoso que o Itamar Franco na Sapucaí em 93. Praticamente um Jece Valadão. Todas as taras que aprendi lendo Nelson Rodrigues e revistinhas de sacanagem na adolescência agora reverberam dias inteiros na minha cabeça - e não só na minha cabeça. 

- Só conheceu a derradeira felicidade o homem que possuiu a cunhada proibida. 

- Toda tara por amor não é tara. 

- Essa menina assanhada bem vale um crime sexual. 

- Me ama, mas me bate, porque eu não te mereço. 

- Perdoa-me, meu bem, por me traíres. 

- Quem foi que desenhou esses malditos caralhinhos voadores na parede do banheiro? 


A você, mulher comprometida, recomendo distância. 

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