
Existe um vasto e intrigante repertório de lendas a respeito dos povos que vivem ao norte do Alasca, Canadá e Groenlândia. São aqueles japoneses bêbados avermelhados que moram em iglus e que usam os cachorros como meio de transporte. Ou seja, por lá o Ipiranga-Lapa late e rosna, embora provavelmente empaque menos.
Uma das lendas é o apego que os esquimós têm à 3ª idade, eufeminada por aqui de "Melhor Idade" e possivelmente chamada na Groenlândia de "Bobeô a gente pimba". Pra cima do Ártico, parece que o sujeito que passa a casa dos 70 anos e anda meio chumbadão, os mais chegados o levam até os cafundós da neve e lá o deixam morrer congelado. Motivo: ele não teria mais função no meio em que vive. Como diria o Bill Gates naquela propaganda: "Why didn´t my bank think of that?" Eu mesmo faria isso com as cinco ou seis velhinhas que todos os dias me alugam no elevador pra dizer o quanto eu sou grande, que qualquer dia me chamam pra trocar a lâmpada da cozinha ou que me perguntam se tá muito frio aqui em cima.
Imagine só que maravilha essa situação:
- Professor Erasmo, por gentileza, queira me acompanhar até aquele precipício...
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Dizem também que um sujeito que vive na neve é capaz de distinguir 17 tonalidades diferentes da cor branca. Isso se deve ao fato dele só enxergar um ambiente branco o tempo todo, o que desenvolve a capacidade de adaptação. Conclui-se que para esse sujeito um caleidoscópio provavelmente teria efeito alucinógeno. Jogue-o numa piscina de cocaína que ele lhe desenhará histórias em quadrinhos.
Outra: o esquimó é, antes de tudo, um corno. Todo homem que visita a choupana de um esquimó é convidado pelo próprio a manter relações carnais com a mulher dele. O pobrema: o concurso de Miss Esquimó costuma terminar em zero a zero. Dizem que o iéte é na verdade uma mulher groenlandesa, mas isso nunca ninguém confirmou. Além da maledicência física, há o detalhe de que os esquimós se utilizam de uma mesma roupa costurada ao corpo para todo o inverno, que costuma durar 363 dias por ano, um pouco mais em ano bissexto. Isso possivelmente transforma as axilas das moças em uma fauna amazônica com cheiro de pomarola. Pelo que me lembre, encarei coisa parecida no carnaval de 1998, mas não pretendo repetir a dose.
Não adianta. Eu tento, mas nunca vou conseguir entender a cultura alheia. É por isso que eu bebo.
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