quarta-feira, 9 de março de 2005

DESMEMÓRIA

erca de uma ano atrás, quem era estagiário da Abril foi obrigado a assistir uma palestra com o diretor de redação da Revista Contigo. Entre eles, essa figura distintíssima que escreve estas linhas. 

Qualquer tipo de fofoca me incomoda. Fofoca na imprensa, então, é ultrajante. Ao observar o redator dissertando nababescamente sobre a função da revista que dirigia, me irritei e esbocei um diálogo onde questionava o papel da imprensa que faz futrica. Ele respondeu tudo, foi atencioso quando muita gente me mandaria às favas. Alguns concordaram comigo, mas houve quem me chamasse de preconceituoso e prepotente após a palestra. Devo deixar claro que respeito quem trabalha na imprensa de celebridades, mas ela não é pra mim. Pois bem, o argumento que o homem da Contigo utilizou é que há um mundo de celebridades que vive da imprensa. Os "artistas" - e por isso entenda-se as angélicas, hucks e afins - adoram aparecer, vivem disso, dão festas só pra poder estar na Ilha de Caras na próxima vez, ou mesmo divulgar um trabalho. Foi então que ele disse as palavras abaixo. Não é literal, mas é praticamente isso: 

- A Contigo só trata desse tipo de artista, aqueles que se encaixam nesse esquema. Você não vai ver, por exemplo, o Chico Buarque nas páginas da Contigo. Pra dizer que ele nunca apareceu, uma vez demos uma nota dizendo que ele ia fazer um show com a presença de alguns famosos. Fora isso, não. Ele não pertence ao esquema de celebridades, não temos paparazzis na cola dele. Então, o deixamos em paz. 

Só pra lembrar.

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